quinta-feira, 12 de junho de 2008

The Truth about Romeu

Dia 12. Trilha Sonora – Equalize da Pitty – é o que está tocando no meu celular. É o toque quando ele liga. E tantas coisas a se pensar. Trânsito infernal em plena oito da manhã. Será que nem nesse dia as pessoas tiveram ânimo para acordar mais cedo, ou motivos para ficar mais um pouco na cama?

Eu... sem motivos para andar. Cansada da busca, com medo de desistir, saturada de ficar sempre na coxia, sem ir ao palco, sem ser a protagonista. E martelando na cabeça: Se acha o que se procura quando deixa de procurar. E o que fazer com as expectativas que criam situações onde a qualquer momento, dobrando a esquina, fazendo uma audiência, passeando no shopping, no supermecado, alguém apareça? Esperanças. Malditas hoje. Benditas ontem e amanhã.

Elas... para elas apareceram eles.

Uma conheceu o um. Nem o queria. Não tinha a melhor imagem dele. Ele, sorriso de garoto, a calma de homem. Tímido, porém decidido. Ganhou com efeito surpresa. Toque na mão, discreto toque que falou tudo. Demonstra querer ficar com ela e toda sua história, toda sua estrada. Ela parece feliz. Então, de presente vem a transferência. O Ceará é perto. Há que se pensar no lado bom. Saudade aperta, mas aumenta a vontade de estar perto, aumenta a tolerância e a compreensão e o que seria desgastante no cotidiano, não o será. A distância não precisa ser o fim. Nem deve ser.

Duas encontrou o dois. Quem diria, um mudo e o outro calado. Todas as sextas perto, mas nunca juntos. Ele aparenta ser calmo. Ela precisa da calma e da paciência. Muitas mudanças na vida. Construir e desconstruir tudo em cinco minutos, para novamente construir. Necessidade de alguém com perspectivas. Necessidade de tratamento especial, de sentir-se cuidada. E de calma, paz e bem.

Três estuda propostas. Desacredita que exista alguém completo. Pensa que todos possuem defeitos. Mas ainda assim, não aceita os que aparecem, previsivelmente defeituosos. Talvez porque atrás da muralha exista alguém querendo se sentir especial, querendo viver uma grande história. Exista resquícios de crença em algo melhor. É difícil seguir padrões, mais difícil ainda é fugir daqueles que estabelecemos para nós mesmas. Experiência não retira o direito de errar. Errar tantas vezes forem necessários para acertar. Aceitar mudar. Continuarão aparecer propostas. Ela escolherá alguma delas.

Quatro tem outras prioridades, nesse momento. Deve relembrar de outros dias doze quando o dia não era tão monótono. Problema? Não. Agora os dias destinam-se a fazer valer os mais de cinco anos entre Venosa e Capez. Agora o momento é de sentir-se triunfar. As outras conseguiram. Ela conseguirá também. O coração... stand by. Mas a qualquer hora, pode sair do modo de espera. Até porque, todos os dias, novas prioridades nascem.

Cinco, enfim, vive o cinco. Ciúmes nossos, saudades dos tempos de todas próximas, mesmos interesses, recíprocos interesses. A vida agora é outra. Ele está na rotina, nas tarefas do dia-a-dia. A família aprova. Planos para os dois. Não há planos para as sete. Mas hoje, talvez essa rotina não seja tão mal. A estabilidade não é tão ruim quando se olha de dentro do caos. Confiança de que é algo sério. Tem que ser. Muito foi trocado e desistido para tê-lo por perto. Seria um pena se tanta entrega não fosse da mesma forma do outro lado. Mas quem sabe não importe e a única coisa relevante é apenas viver ali, naquele lugar, com aquela pessoa.

Seis. Confusa. Teme o amanhã. Tantos anos, esse dia tinha um significado. O mesmo, a mesma pessoa. Hoje é diferente. Amanhã, em outros tempos sabia-se que o abraço existiria no despertar. Agora não. Mudou. Vida louca. Mas foi necessário. Antes de ser sincera com os outros, deve-se ser consigo própria. O medo não deve ser barreira para tentar. E nem tentar deve ser necessariamente falhar. Voltar atrás também é uma opção, para quando a mente entrar em compasso com o coração e se estar segura do que se quer. Permitir-se ser corajosa. Recohecer que o silêncio machuca mais e que ninguém te dará a certeza do por vir. Não há certeza que essa foi a atitude mais sábia, nem a certeza de que não foi. Certeza mesmo é que se fez algo por si, sinceramente, por si.

Volto a sete. A do início, a mesma do fim. Junho podia ser, 10,11 e 13. Amanhã, sexta-feira treze. Não havia data melhor para a ressaca de uma quinta-feira doze desanimada. Respirar fundo. Esquecer a falta. Pensar em outras coisas. Fingir não procurar. Destrair-se da busca. Quem sabe seja esse o remédio. Vai que dá certo. Audência já já no Palácio de Mármore. Estacionamento, hall de entrada, elevador, secretaria da vara, sala de espera e sala de audiência. Depois o mesmo caminho de volta. Quem sabe alguém apareça. Eternas expectativas.

3 comentários:

Laura Monique disse...

lindo, lindo, lindo... perfeito!
amei!

Lorena Sandes disse...

Q lindo... sensivel, doce, sem deixar de ter um toquezinho cítrico. Um seriado de TV...
Vc tem a visão dos poetas, distante até para falar de si mesma.
bjs e estou aqui, viu, atenta leitora e fã.

Aline Chaves disse...

se eu fosse a oito eu diria q depois de infinitos dias 12 esse sim, foi o primeiro.

beijos em todas!

LIGA DA JUSTIÇA

A liga da justiça traduz a amizade de pessoas que ao longo de uma convivência de 6 anos tornaram-se companheiras de uma vida.
Algumas se amaram logo de cara, outras se revelaram maravilhosas apesar da 1° impressão, e outras, mesmo tendo se afastado fisicamente, continuam sendo essenciais.
Mas o mais importante é q apesar de todos os conflitos, as diferenças e os desencontros permanecemos cada vez mais unidas.
Por tudo aquilo que passamos, pelas lágrimas que choramos nos ombros umas das outras, pelos amores perdidos e ilusões destruidas que só se tornaram suportaveis pq dividimos, por todas as risadas na hora errada, por todas as cachaças que bebemos, por todo o apoio que nos demos, quero dizer muito obrigada à todas e trazer esse blog como mais uma forma de nos mantermos ligadas...e tb ter aquela famosa DR que eu tanto gosto...rsrsrsrsrsrs