segunda-feira, 5 de maio de 2008

Problemas atuais....

Tanta filosofia e às vezes a vida requer pensamentos práticos para problemas do cotidiano. O principal deles: DINHEIRO. Ou melhor, a falta do dinheiro. Com o vil metal não existe depressão. Se acordo triste, pego um vôo e vou tomar café da manha em Fortaleza, frente aquele mar maravilhoso, almoço em Brasília e por fim, a noite em São Paulo. Isso se tiver muito dinheiro.

Contento-me apenas em comprar. A besteira que for, uma caneta, fazer supermercado, tintas para os quadros, plantas para o jardim, livros. Nada de roupas e livros para profissão. Eis que estou nua para trabalhar, uma vez que um terno pede fácil sua preferência diante de um belo presente que compro para uma amiga.

Dar presentes. Outra coisa que adoro. Saber que consegui entregar algo a alguém e que essa pessoa gostou do objeto. Esse objeto sempre é algo simples, porém significativo. É uma fronha com símbolos do despertador do celular para a amiga narcoléptica, um porta-retrato para amiga formanda, uma caneca do kama sutra para amiga... bem, para uma querida amiga.

O último presente inusitado foi uma parede vermelha. Nela coloquei duas telas pretas com fotos preto e branco dos meus dois amores. Leleka e Caio. A presenteada me acordou chorando e eu com coração na boca, preocupada se algo tinha acontecido. Ela gostou.

Na escolha, desopilo. Esqueço de todos os puxões de orelhas, as recusas, as faltas de elogios, a instabilidade, a incerteza do amanhã. Naquele momento, tudo acaba. Nada importa. Eis o poder revigorante de comprar.

Outra coisa que o dinheiro proporciona é comer. Comer não o arroz e feijão de todos os dias. Comer a sobremesa delicada, um prato trabalhado, uma comida estudada. Meus amigos ao redor, sorrindo das palhaçadas, dos micos que pago, de uma vida louca que se leva. Estar em um restaurante temático, como se não estivesse nessa cidade, de onde surgem todos os meus problemas. Parecem grãos de areia em uma duna. Incontáveis.

Mas para ter os momentos de prazer [claro, sem esquecer das outras coisas que também dão prazer...] há que se amadurecer para poder ofertar o que o mundo demanda. Há que se mitigar o orgulho, deixá-lo tão pequeno quanto uma caixa de fósforos, somente quando indispensável fazê-lo virar ardente chama. Deixar também que o cansaço seja descontado nos dias além sextas, mesmo que as vezes pareça que a segunda-feira, vem logo depois do sexto dia da semana. Esquecer um pouco do espelho, uma vez que a mercadoria é o cérebro. Negligenciar as amizades, mas não a ponto de lhe esquecerem, ou melhor, para não perder aqueles cinco minutos semanais que lembram de você.

E aí, cabe pelo menos a espera de um milagrinho de todos os dias, chegar em casa e ver um filme, ler um revista de decoração, tentar terminar meu abajur de palitos de picolé, sonhar com a minilavadora eggo e meu colchão Box, pensar na infância.

Materialista?
Consumista?
Não. Apenas humana.

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LIGA DA JUSTIÇA

A liga da justiça traduz a amizade de pessoas que ao longo de uma convivência de 6 anos tornaram-se companheiras de uma vida.
Algumas se amaram logo de cara, outras se revelaram maravilhosas apesar da 1° impressão, e outras, mesmo tendo se afastado fisicamente, continuam sendo essenciais.
Mas o mais importante é q apesar de todos os conflitos, as diferenças e os desencontros permanecemos cada vez mais unidas.
Por tudo aquilo que passamos, pelas lágrimas que choramos nos ombros umas das outras, pelos amores perdidos e ilusões destruidas que só se tornaram suportaveis pq dividimos, por todas as risadas na hora errada, por todas as cachaças que bebemos, por todo o apoio que nos demos, quero dizer muito obrigada à todas e trazer esse blog como mais uma forma de nos mantermos ligadas...e tb ter aquela famosa DR que eu tanto gosto...rsrsrsrsrsrs